Seis organismos de habitação social (Domaxis, OPDHLM 92, I3F, Toit & Joie, SEMABA, Domnis) partilham a Pierre Plate, um bairro de 2.500 habitações distribuídas por 26 hectares, construídas nas décadas de 1950 e 1960. Embora concentre 20% da população da comuna, está isolada e cortada do resto da comuna. Vários fatores explicam esta situação: o limite oeste do bairro é traçado pelo cemitério de Bagneux, desenvolvendo uma vedação ao longo de mais de um quilómetro, o limite norte pelo forte, dois enclaves que interromperam a rede viária e as ligações às comunas vizinhas.

A chegada de duas linhas de metro dará uma nova dinâmica a toda esta zona. Em 2019, o bairro será ligado ao centro de Paris pela linha 4, um acesso radial que deverá ser completado pelo metro previsto no âmbito do desenvolvimento da Grand Paris. Em 2012, a CoBe foi premiada na consulta para elaborar um esquema diretor do projeto urbano em torno das duas novas estações de metro (linha 4 e linha 15). O projeto aproveita a chegada da infraestrutura para recriar o pólo de centralidade em falta no bairro Pierre Plate e permite o seu reposicionamento no bairro Nord de Bagneux. Será criada uma praça sobre a linha 4 da estação de metro subterrânea. Está implantada de forma a ser atravessada pela Avenida Victor Hugo, via aberta na sequência do plano Cornudet, que em 1925 deu a dimensão urbana a este planalto de pomares. A nova praça traz os comércios indispensáveis à vida metropolitana. É também o ponto de convergência de novas ligações doces que participam na redefinição dos espaços abertos do bairro. Presos entre barras e torres, os espaços verdes do bairro aparecem como espaços residuais e são pouco utilizados. A sua reestruturação será acompanhada pela requalificação das instalações públicas, que adquirirão uma visibilidade mais de acordo com o seu estatuto.

Fotografias Luc Boegly